serviços- junhoSegmento teve o pior resultado desde 2015

O mês de junho acabou mal para o setor de serviços do Brasil. O volume do segmento foi o pior para o período em quatro anos em meio a quedas recuando 1,0% em relação a maio, terminando o segundo trimestre em desaceleração. Os dados foram divulgados hoje (9) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Essa é a primeira perde depois de dois resultados positivos seguidos e a pior para junho desde 2015, quando o volume também caiu 1,0%. Com isso, o setor teve recuo de 0,6% no segundo trimestre, acelerando perdas após queda de 0,5% nos três primeiros meses de 2019.

Comparado a junho de 2018, o setor apresentou desaceleração de 3,6% no volume, no pior junho da série iniciada em 2011. Segundo pesquisa realizada pela Reuters, as expectativas eram de quedas de 0,4% na comparação mensal e de 2,1% na base anual.

“O setor de serviços está travado e o empresário ainda não preencheu o seu espaço, talvez à espera de algo novo”, diz Rodrigo Lobo, gerente do estudo. “Medidas como o saque do FGTS têm um efeito na economia como um todo, mas no caso do setor de serviços menos. Se todos os R$ 500 dos saques fossem gastos em consumo isso daria impacto, mas tem gente que vai usar no pagamento de dívidas”, ressalta. 

Serviços: atividades

Segundo o IBGE, as cinco atividades pesquisadas sofreram perdas, com destaque para as de 2,6% em serviços de informação e comunicação. O setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios tiveram queda de 1,0% no volume, enquanto outros serviços caíram 2,3%. Já os serviços profissionais, administrativos e complementares perderam 0,1%. Os serviços prestados às famílias registraram queda de 0,2% no volume.

As vendas varejistas subiram 0,1% e tiveram o melhor resultado para junho em dois anos, mas mesmo assim terminaram o segundo trimestre em queda.

(*) Crédito da foto: kaicho20/Pixabay