MaringáLevantamento foi realizado entre os dias 30 demarço e 1º de abril

Em função da pandemia de coronavírus, o setor de eventos de Maringá sofreu duros golpes. Em pesquisa realizada pelo Maringá e Região Convention & Visitors Bureau, 50% das empresas participantes tiveram entre 60% e 100% de suas ações canceladas. Quase 90% desses eventos aconteceriam nos meses de abril, maio e junho, o que representa um período de total engessamento do mercado.

O levantamento envolveu filiados da entidade, sendo empresas organizadoras/promotoras de eventos (23,1%), empresas que prestam serviços para eventos (15,4%), além de hotéis (34,6%) e espaços para eventos externos (26,9%), levando em consideração que muitos hotéis também têm espaços para eventos. A pesquisa foi feita entre os dias 30 de março e 1º de abril. A ação foi realizada em parceria com entidades e instituições ligadas ao setor de turismo da cidade, Sebrae, Retur e Diretoria Municipal de Turismo.

Com relação aos eventos adiados – que agendaram ou irão agendar nova data -, a pesquisa apontou que quase 70% serão remarcados ainda em 2020, conforme pontuaram os entrevistados da pesquisa.  Segundo o levantamento, mais de 40% dos eventos cancelados e adiados reuniriam uma estimativa de público acima de cinco mil participantes por evento, e 20% dos eventos teriam entre mil e dois mil participantes. Desses percentuais de participantes, as empresas afirmaram que pelo menos 60% dos eventos teria público de fora da cidade que utilizaria rede hoteleira.

Os espaços para eventos e a rede hoteleira afirmaram que a previsão de taxa de ocupação tanto do local, quanto de hospedagens, nos próximos três meses, deve girar em torno de 20%, considerando que o decreto publicado pela prefeitura de Maringá permitindo o funcionamento somente de serviços essenciais, seguindo as medidas de prevenção contra a pandemia do Covid-19, segue, a princípio, até o dia 20 de abril. Ainda de acordo com a pesquisa, a hotelaria informou que de 60% a 80% das diárias foram canceladas espontaneamente antes do decreto de fechamento dos hotéis. E 7% dos hotéis responderam que esse número chegou a 100%. Além disso, menos de 50% das diárias canceladas foram remarcadas.

Maringá: impacto econômico

Em relação ao faturamento das empresas, a pesquisa apontou que pelo menos 8% deixou de faturar acima de R$ 1 milhão com o cancelamento/adiamento de eventos. Cerca de 50% das empresas deixaram de faturar entre R$ 100 mil e R$ 500 mil, e pelo menos 29% deixaram de faturar entre R$ 500 mil e R$ 900 mil.

A pesquisa mostrou ainda que a maior parte das empresas por enquanto não registrou problemas jurídicos com a suspensão dos eventos.

Segundo a presidente do Maringá e Região Convention & Visitors Bureau, Maria Iraclézia de Araújo, os números da pesquisa refletem a situação complexa que vive o setor em Maringá. “Com a indústria de eventos e os segmentos relacionados paralisados no mundo todo, o resultado da pesquisa mostra o cenário do setor em Maringá. Para tentar vencer essa fase, o Convention está realizando ações junto aos órgãos superiores para tentar amenizar o impacto. O momento pede ainda mais união de todo o trade turístico para enfrentarmos essa fase. Juntos somos mais fortes para superarmos esse desafio com otimismo e confiança”, enfatizou.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Maringá CVB