Lacte 2019 futuro dos eventosAna Del Mar, Gerogia Reinéis, Marcelo Flores e Monique Evelle

O primeiro painel simultâneo da 14ª edição da Lacte abordou o futuro no mercado de viagens e eventos. O painel foi apenas uma das inúmeras conversas e palestras que aconteceram durante o primeiro dia da Lacte 2019. O evento foi aberto hoje pela manhã (25), no WTC Golden Hall, e termina amanhã (26).

O painel principal tratou das tendências de tecnologia e experiências para a área de eventos. Entre os ministrantes estavam a Ana Del Mar, fundadora da Omelete Inteligência, Georgia Reinéis, co-fundadora da SHARP, e Marcelo Flores, publicitário e professor dos cursos de Gestão de Mega Eventos e Escola de Produtores ESPM. A jornalista Monique Evelle, CEO do Desabafo Social, completou a mesa.

Três questionamentos e tendências tomaram conta da discussão: como integrar a experiência digital nos eventos? Micro-experiências podem impactar tanto quanto grandes ações? Diversidade na gestão, como chegar lá? Tecnologias como pulseiras cashless e apps interativos também foram mencionados.

“Na era digital temos o desafio de tirar a pessoa do conforto de casa para que ela vá a um evento. Plataformas de streaming levam o conteúdo até as pessoas, então como as trazemos até às palestras? É preciso encontrar uma forma de integrar esse relacionamento digital, como o celular ou streaming, na experiência de eventos”, ressaltou Ana.

Em relação às micro-experiências, os palestrantes afirmaram que nem todo momento marcante precisa/deve ser grandioso, digital ou caro. “Um exemplo disso é a possibilidade de networking. Durante o evento, se uma pessoa tem a possibilidade de encontrar alguém que não via há muito tempo, ou conhecer pessoas legais, esse convidado já sai com uma memória a mais. Não vai ser só ‘o café era bom, o áudio das palestras estava bom’, vai ser também ‘encontrei fulano, olha que bacana’”, disse Flores.

Lacte: diversidade

Na questão de diversidade, Monique – única negra presente aos painéis simultâneos – enfatizou que a inclusão não deve acontecer apenas nos convidados, mas sim na gestão. “Não tem que me chamar para falar de diversidade, até porque falo normalmente abordo inovação. Para ter diversidade e fazer um evento que inclua pessoas como eu, é preciso que logo na gestão haja pessoas como eu. Falam tanto de futuro, mas quando chega a hora de organizar o evento ainda estamos no mesmo modelo do século 18”, comentou.

Ainda segundo Monique, além da organização não dar o passo necessário para a contemporaneidade, não basta falar sobre diversidade e inclusão em painéis, é necessário ações afirmativas. “Para conseguir realizar um evento sustentável e lucrativo é preciso levar outros públicos em consideração. Negros estão viajando cada vez mais e, ainda assim, a maioria dos presentes hoje não é que nem eu”, encerrou a CEO.

Amanhã, no segundo dia da Lacte 2019 o tema gênero ganha enfoque. Neste ano, 65% do quadro de palestrantes são formados por mulheres, confirmando a presença relevante do público feminino na indústria do turismo. 

Lacte 2019 MoniqueMonique ressaltou que para conversar com minorias é preciso incluí-las na gestão