Hotel Blumenau- turismo argentinoHames: mercado argentino afetou a alta temporada

Como outros players catarinenses, o Hotel Blumenau sentiu as consequências da queda do turismo argentino no estado. O empreendimento – que na alta temporada tem 80% de sua ocupação preenchida por hóspedes provenientes de países do Mercosul – reduziu sua tarifa de R$ 260 para R$ 200 no período. 

Mesmo com a ação, a hospedagem encerrou o mês de janeiro com queda de 30% tanto na ocupação quando na diária média. De acordo com Gil Rogério Hames, gerente comercial do Blumenau, os viajantes argentinos estão mudando a época para vir ao Brasil, dando preferência para a baixa temporada com tarifas reduzidas. “O movimento ter aumentado na baixa é positivo. A crise na Argentina afetou nossa melhor época e podemos ver uma mudança no fluxo agora no período de inverno”, pontua.

Outra consequência foi o adiamento das reformas do hotel. Com planos para realizar melhorias no empreendimento, Hames afirma que este não é o melhor momento para gastos. “Tenho orçamento para isso, mas com a crise vamos segurar”, informa.

Hotel Blumenau: outros players

Com a maior oferta de quartos de Balneário Camboriú, o Hotel Sibara não saiu ileso dos problemas que atingiram a hotelaria catarinense na alta temporada. Também afetado pela queda do turismo argentino, a receita do hotel sofreu retração de 35% frente a 2018. Para não repetir os números deste ano, o Sibara está em busca de penetrar novos mercados, como paraguaio, por exemplo.

A Resorts Brasil registrou queda de 11,5% na taxa de ocupação do primeiro trimestre comparada ao ano passado- fruto também da suspensão das operações da Avianca. De acordo com Ricardo Domingues, diretor executivo da associação, o número de turistas argentinos foi o pior dos últimos dez anos. Apesar do cenário nada favorável, o executivo garante que o segmento de resorts vai se recuperar ainda em 2019. 

(*) Crédito da foto: Vinicius Medeiros/Hotelier News