Grupo Iberostar- coraisLaboratório abriga 10 espécies de corais

Com o objetivo de proteger a vida marinha devido ao aumento da temperatura global e contra a SCTLD (Stony Coral Tissue Loss Disease), o Grupo Iberostar inaugurou no último sábado (15) um laboratório de corais, no Caribe. O espaço irá abrigar inicialmente 10 espécies – 180 corais individuais em uma área onde antes funcionava um núcleo de yoga. 

A SCTDL, uma doença de rápida evolução que atinge os corais, está afetando grande parte da vida marinha desde a Flórida Central, onde apareceu pela primeira vez em 2014, até o México, Ilhas Virgens ds EUA, St. Maarten e República Dominicana. 

A Dra. Megan Morikawa, diretora de Sustentabilidade da Iberostar, bióloga marinha com doutorado em restauração de corais, viu a praga branca subaquática quando, juntamente com a sua equipe, planeava a instalação do novo laboratório de corais na República Dominicana. Atuando a um ritmo sem precedentes, um grupo de pessoas da comunidade científica, a Iberostar, o governo dominicano e algumas ONGs, entre outros parceiros, terminaram o laboratório em um ano, logo que a doença dos corais começou a atingir os recifes locais – oito meses antes do previsto.
 
"Não percebemos quando começamos o projeto, mas estávamos construindo uma Arca de Noé para o coral", afirma a Dra. Morikawa.

O laboratório segue rigorosos padrões científicos, estando também aberto a visitantes, incluindo crianças, no âmbito do programa de entretenimento Star Camp da Iberostar. "Esta é uma ciência muito necessária num local inesperado", diz a bióloga, acrescentando que os corais representam apenas 1% da superfície do planeta, mas detêm cerca de um terço da diversidade biológica mundial.

Grupo Iberostar: Wave of Change

O laboratório é o mais recente esforço do movimento Wave of Change da Iberostar, uma abordagem em três frentes para proteger os oceanos e incentivar o turismo responsável, que inclui: substituir os plásticos em todos os 120 hotéis da Iberostar até 2020, reinventando todas as suas aplicações, desde as palhinhas e embalagens de café até os uniformes dos funcionários, num esforço para estabelecer uma economia circular; promover o consumo sustentável de produtos do mar. Entre outros esforços, a Iberostar fez uma parceria com a WWF, a FishWise e com fornecedores locais de peixe para banir espécies inteiras dos menus dos restaurantes do hotel e  melhorar a saúde da zona costeira, incluindo a restauração de manguezais na costa da República Dominicana, criando uma equipe de especialistas em conservação costeira, incluindo a Dra. Morikawa e outros da Universidade de Stanford e da UC Santa Barbara, entre outras.

"Como empresa familiar que faz parte da comunidade da República Dominicana há mais de 25 anos, estamos criando um modelo de turismo cada vez mais responsável, o qual gera um melhor legado para as futuras gerações deste país. Temos que reconhecer essa responsabilidade e continuar a tomar medidas ousadas", afirma Gloria Fluxà, vice-presidente e diretora de Sustentabilidade da Iberostar.

O laboratório servirá de refúgio para os corais ameaçados do Caribe. É um banco genético, protegido dos furacões no mar cada vez mais destrutivos, onde vive a maioria dos viveiros de recife. Além disso, extrai a água salgada dos poços, não do oceano, protegendo-o de doenças de coral de rápido desenvolvimento e de grande amplitude, como a SCTLD.

(*) Crédito da foto: visavietnam/Pixabay