Atlantica - Ricardo BluvolBluvol: projeto foi gestado por dois anos, com intenso trabalho

Apresentado durante a convenção anual da empresa, em fevereiro, o projeto de franquias da Atlantica Hotels ganha corpo. Novidades devem ser anunciadas em breve em cidades do interior mineiro e paulista, além de uma capital nordestina. Go Inn e E Suites (fruto da aliança estratégica com a Vert Hotéis, assinada ano passado), marcas econômica e midscale da rede, respectivamente, vão capitanear o projeto, que prevê 50 hotéis até 2023.

Ricardo Bluvol, vice-presidente de Desenvolvimento da Atlantica, revela que, só neste ano, serão feitas de cinco a sete conversões, já contando as três citadas acima. Após 2020, o ritmo de aberturas será acelerado para de sete a 10 anuais. Com o projeto, a rede pretende ampliar, principalmente, capilaridade da rede em mercados secundários e terciários.

“Ainda assim, capitais também estão no nosso radar, como Recife, Fortaleza e Salvador, praças com grande número de hotéis independentes e onde já temos negociações”, revela Bluvol. Ele destaca que o foco em mercados secundários terciários não se resume à busca por mais capilaridade. “É também uma grande oportunidade. Há boa demanda para essas cidades e não há marcas conhecidas e consolidas nessas praças”, afirma.

Atlantica - Renato CarvalhoCarvalho: economia na compra de insumos pode chegar a 20%

Bluvol acrescenta que o projeto de franquias foi gestado ao longo de dois anos. “Não é nada trivial fazer esse movimento. Demanda intensa preparação”, explica. No período, a rede implementou uma série de projetos, envolvendo diferentes áreas da empresa. Rebranding da marca e preparação de toda infraestrutura tecnológica (do TI à Distribuição) são alguns dos exemplos dessas iniciativas. 

Além disso, a empresa desenvolveu os manuais e treinamentos dos futuros franqueados, como qualquer rede de franquia possui. “O projeto é voltado principalmente para investidores patrimoniais, que buscam mais força comercial, ganho operacional, melhores acordos de distribuição e mais poder de compra para suprimentos. Estimamos uma economia de 20% para os proprietários nestas negociações”, acrescenta Renato Carvalho, diretor de Desenvolvimento da Atlantica.

Apesar da chegada de um concorrente de peso, que atua basicamente com franquias, Carvalho se diz bastante otimista com o projeto. “A Oyo Rooms & Hotels é um player importante, mas temos muitos anos de mercado,  estrutura comercial e tecnológica robusta e que dará todo suporte que o franqueado necessita”, finaliza.

(*) Crédito das fotos: Vinicius Medeiros/Hotelier News