cnc varejoProjeção de crescimento real para 2019 passou para 4,5%

A CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens) reduziu mais uma vez a projeção de crescimento de vendas no varejo. A expectativa passou de alta real de 4,9% para 4,5%, quase um ponto percentual a baixo da projeção de abril. Entre os motivos para o reajuste está a lenta recuperação do mercado de trabalho. Previsão é realizada a partir de dados da PMC (Pesquisa Mensal de Comércio), divulgada hoje (12) pelo IBGE (Instituto Brasileiro De Geografia Estatística)

A pesquisa mostra que o faturamento real do comércio varejista apresentou estabilidade em abril na comparação com o mês anterior (0,0%). Já descontados os efeitos sazonais. No varejo restrito, que exclui as vendas no comércio automotivo e de materiais de construção, houve recuo de 0,6%. O maior desde dezembro de 2018 (-2,5%). 

Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o varejo registrou variação de +3,1%. Em março, as vendas haviam recuado 3,4%, devido ao efeito calendário decorrente do carnaval que, neste ano ocorreu em março.

CNC: motivos

Para a CNC, o volume de vendas no comércio varejista brasileiro continua emitindo sinais de desaceleração no curto prazo. Com inflação e taxas de juros ao consumidor mais elevadas, as vendas seguem sendo afetadas pela fragilidade das condições de consumo. Especialmente diante do atual cenário do mercado de trabalho.
 
Fabio Bentes, economista da confederação, explica que fundamentos como inflação, juros ao consumidor e confiança têm evoluído pior do que o esperado neste ano. “A reação lenta do mercado de trabalho tem impedido a aceleração das vendas, na medida em que a maior parte das vagas têm sido criadas no mercado informal, cuja renda média é notadamente inferior à do mercado formal”, afirma.

(*) Crédito da foto: ElasticComputeFarm/Pixabay