CNC - Icec maio_internaLojas com pouco movimento têm sido a tônica do comércio este ano

A CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) divulgou hoje (29) o Icec (Índice de Confiança do Empresário do Comércio) referente a maio. Segundo a entidade, o indicador recuou novamente frente ao mês anterior, mas superou o desempenho de igual período de 2018.

Dessa forma, o Icec fechou maio com 122,4 pontos percentuais, acima da zona de satisfação, de 100 pontos. O indicador caiu 0,8% frente a abril e subiu 7,6% em relação a igual período de 2018. Em abril, a queda verificada havia sido de 1,5%. “Acreditamos que, com reformas como a da Previdência, poderemos mudar esse quadro e diminuir a cautela dos empresários”, diz José Roberto Tadros, presidente da CNC.
 
Diante desse cenário, a entidade reduziu de 5,4% para 4,9% a previsão de crescimento nas vendas do setor nesse ano. Vale destacar que a estimativa vem sendo gradativamente reduzida desde os 6% projetados pela entidade em janeiro. O movimentado é similar ao que o BC (Banco Central) faz em relação à expectativa para o PIB.

CNC: outros índices 

Este mês, 52,7% dos varejistas consideram as condições atuais da economia melhor do que há um ano. O percentual é menor do que o registrado há três meses (59,9%), mas supera o de maio de 2018 (42,7%).
 
Já o índice que mede as perspectivas de melhora da atividade econômica para os próximos meses teve a terceira queda consecutiva (-2,1%). Mesmo assim, 92,2% dos entrevistados ainda mantêm o otimismo que, mesmo em alta, há um processo de redução gradativo. Em fevereiro, por exemplo, o percentual era de 95,3%.
 
A avaliação dos investimentos nas empresas cresceu 0,7% este mês, mas o resultado somente repõe a queda de 0,6% registrada em abril. Já as perspectivas de contratação de funcionários e a avaliação do nível de estoques recuaram 1,2% e 0,2%, respectivamente, frente a abril. No caso do primeiro indicador, a CNC projeta saldo positivo de 105 mil postos de trabalho em todo o varejo este ano. Se confirmado, será o maior quantitativo desde 2014 (154,4 mil).

(*) Crédito da capa: stevepb/Pixabay

(**) Crédito da foto: Free-Photos/Pixabay