cnc- icfIndicador vem sofrendo desaceleração desde março

No mês de maio, a ICF (Intenção de Consumo das Famílias) sofreu queda de -1,7% comparado ao mês anterior. Em junho, a sequência de recuos se manteve caindo -3,5%, segundo pesquisa realizada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). Desde março (-0,4%) o indicador vem apresentando resultados negativos. Na comparação com junho do ano passado, o aumento foi de 5,3%.

A   queda  do   ICF na comparação mensal representou  a  maior  taxa negativa desde maio de 2015 (-4,6%). Nos últimos quatro meses, esse indicador acumulou retração de 7,3%. Já no primeiro semestre, revelou alta de apenas 0,1%, representando pouca mudança na propensão ao consumo.  

“O ICF de junho espelhou o menor grau de confiança dos consumidores com relação à melhora da economia e, por conseguinte, às intenções de consumo, podendo vir a se refletir em menores vendas do comércio mais para a frente”, aponta José Roberto Tadros, presidente da Confederação, “Como as perspectivas no curto prazo são de que as famílias diminuam suas intenções de compra, estima-se que o comércio tenda a sofrer oscilações no volume de vendas até o fim do ano, sendo afetado, sobremodo, pela cautela dos consumidores, uma vez que estes reconhecem que as condições de consumo se tornaram mais difíceis nos últimos meses”, complementa. 

CNC: subíndices

Dos subíndices que compõem o ICF, a maior insatisfação deveu-se ao Momento para Duráveis, que recuou 5,7% na comparação mensal, mas avançou 4,5% ante junho de 2018. Por outro lado, subiu para 33,0% o número de famílias que disseram que a Renda Atual está melhor; participação bem maior do que em junho do ano passado (29,8%). Também diminuiu para 25,6% o total das famílias que reconheceram que a renda havia piorado, pois esta distribuição em junho do ano passado era maior, de 29,8%.

As variações negativas dos subindicadores Nível de Consumo Atual (-2,7%%),  Compras  a  Prazo (-2,5%) e Momento  para Duráveis (-5,7%) espelharam a piora nas condições de consumo. E as reduções acentuadas nos subíndices Perspectiva Profissional (-4,9%) e de Consumo (-5,0%) expuseram o grau de degeneração das expectativas com o consumo de bens. Em junho, prevaleceram as famílias que disseram que as perspectivas de consumo haviam caído (40,4%).

(*) Crédito da foto: Pexels/Pixabay