clf mobileLayout e personalização são essenciais para aplicativos de reservas

O uso de dispositivos móveis antes, durante e depois das viagens vem sendo cada vez mais observado. E o setor de viagens corporativas não escapa dessa realidade. O terceiro painel do CLF abordou como o uso do mobile pode facilitar reservas e como aplicativos devem ser desenvolvidos para esse fim. Evento, promovido pela HRS, teve início hoje (22) pela manhã no Four Seasons São Paulo

Participaram da conversa Aitor Marin, gerente de Parcerias Estratégicas da HRS; Alexandre Cordeiro, head de Marketing e Produtos da Argo Solutions; Cassio Salinas, diretor de Customer Experience Solution Engineer da Oracle, e Beatriz Davi, diretora de Marketing da Eventbrite

De acordo com Cordeiro, aplicativos podem facilitar muito o processo de reservas, mas precisam ser eficientes. “Aconteceu uma fetichização de aplicativos, toda empresa tinha, mas nem sempre eram aceitos e usados pelos clientes porque não eram convenientes. Para um aplicativo funcionar ele precisa de um layout eficiente e atrativo e informações úteis e claras. Além disso, o desenvolvedor precisa ter em mente que um app não precisa resolver todos os problemas do viajante, existe todo um ecossistema de apps e players.”

Fora eficiência, investir em consumer experience também é importante. “Personalizar a experiência do cliente é um decisor. Já conhecendo os hábitos do cliente consigo entregar uma experiência que tem a cara dele”, acrescentou Cordeiro. 

CLF: políticas de viagem

Outro processo que a tecnologia mobile pode auxiliar é na aprovação de viagens de negócios, além de otimizar a política de viagens das empresas. Beatriz, que está a um ano na startup americana Eventbrite que não possui uma política, conta como a tecnologia pode ser uma facilitadora. 

“Depois de passar por várias multinacionais que tinham políticas por vezes até restritas, chegar em uma startup que não tem política nenhuma pode ser um desafio. Nesse momento tecnologia é essencial porque não temos negociações com nenhum hotel, fica por nossa conta buscar a melhor tarifa possível”, disse. 

Ainda segundo a executiva, uma vez que a empresa conta com essas políticas e o viajante já tem uma seleção de hotéis pré-aprovados, ele decide na base das amenities. “E nessa questão, o problema é que muitas vezes as amenities dos hotéis não atendem às necessidades do viajante, como academia ou possibilidade de check-in mais cedo, o que pode fazer o viajante não entrar na política de viagens da empresa”, acrescentou Beatriz. 

Uma solução para isso é pensar em formato B2C para as plataformas B2B. “Mesmo que seja para empresas, é uma pessoa que está por trás, que compra na Amazon, no Booking.com e já aceita muito bem esse formato que tem informação clara, precisa e poucos cliques para reservar”, finalizou Sallinas.

(*) Crédito das fotos: Juliana Stern/Hotelier News