Accor - resultados financeiros 2020_interna 1Estratégia de aquisições e desinvestimento mantém rede em expansão

A estratégia de desinvestimento e aquisições manteve a Accor na rota do crescimento novamente em 2019. Com uma expansão expressiva, a receita da rede francesa bateu em € 4,049 bilhões no ano passado, alta de 16% frente a 2018. Na mesma base de comparação, o Ebtida (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) avançou 14,8%, somando € 825 milhões. Já o lucro líquido encerrou o ano em € 464 milhões, apesar da relativamente leve alta do RevPar global (+1,7%).

A receita obtida com contratos de gestão e de franquias em todo o mundo subiu 3,8% frente a 2018, totalizando € 1,026 bilhão. Todas as regiões mapeadas registraram crescimento no indicador, com destaque para a América do Sul, com receita acumulada de € 49 milhões (+13%). No continente sul-americano, onde o RevPar avançou 12,3%, o comunicado divulgado aos investidores ressalta o bom desempenho do Brasil. Principal centro de operações da Accor, a Europa teve expansão de 4% no índice, para € 526 milhões. 

Em 2018, a Accor já obtivera crescimento de 16,9% no faturamento, somando € 3,6 bilhões. Chairman e CEO da Accor, Sébastien Bazin acredita que o ambiente macroeconômico mundial desafiador em 2019 deixa o resultado ainda mais relevante. “Hoje, a Accor está mais diversificada do que nunca, sendo um grupo hoteleiro com poucos ativos na carteira. Prosseguiremos com a execução de nossa estratégia, focada em nosso roteiro e na criação de valor para nossos acionistas”, afirma.

Accor - resultados financeiros 2020_interna 2Aberturas de luxo foram destaque em 2019, caso do Fairmont Copacabana

Accor: dados de expansão

A rede francesa adicionou um volume recorde de 45,1 mil apartamentos (327 hotéis) ao portfólio ao longo de 2019. Destaque para os 12,9 mil quartos (65 hotéis) dentro do segmento de Luxo, caso do Fairmont Copacabana. Em 31 de dezembro, a Accor passou a contar com 5.036 unidades pelo mundo, totalizando 739,5 mil habitações. A companhia tem ainda no pipeline 208 mil UHs (1.206 hotéis) em desenvolvimento, sendo 76% deles em mercados emergentes.

Sobre as projeções para 2020, Bazin destacou alguns desafios à frente, mas se diz otimista em repetir o excelente desempenho dos dois últimos anos. Fazendo referência à epidemia do coronavírus, que vem provocando problemas na hotelaria chinesa e afetando outras redes hoteleiras, o executivo indicou o caminho que a rede francesa seguirá.

“Estamos nos esforçando para gerenciar a situação na China. Continuaremos focados no principal, no coração do nosso modelo de negócios: a excelência da nossa mão de obra, nas nossas poderosas marcas hoteleiras, nas tecnologias de distribuição utilizadas, no programa de fidelidade e na nossa posição de liderança em algumas regiões”, diz Bazin. “Ao alavancar esses ativos, estamos confiantes em nossa capacidade de perseguir nossos objetivos de crescimento e melhorar o retorno sustentável dos acionistas”, finaliza.

(*) Crédito da capa: Divulgação/Accor

(**) Crédito da foto: Arquivo HN

(***) Crédito da foto: Peter Kutuchian/Hotelier News