A Amadeus, empresa de soluções de TI e distribuição para o mercado de viagens e turismo, por meio da pesquisa Empowering inspiration: the future of travel search, aponta algumas tendências do perfil de consumo on-line. O estudo levou em consideração aqueles turistas que planejaram suas viagens por via internet, fizeram mais de três viagens e escolheram seus destinos de forma independente – os chamados viajantes discricionários – e revelou que, no Brasil, este público ainda utiliza pouco os sites de hotéis para fazerem suas reservas.
 
Enquanto as compras de passagens aéreas já são feitas diretamente nas páginas das companhias por 47% dos brasileiros, o agendamento das estadas realizado no site do empreendimento (ou da rede) ainda é minoria – apenas 18% dos viajantes utiliza este canal de vendas. Os meios off-line ainda disputam espaço no mercado dos países emergentes.
 
As agências de viagens permanecem como um canal de reservas significativo em locais como a Rússia (20%) e Brasil (18%). Já nos Estados Unidos e no Reino Unido o número não chega a 3%.
 
Sobre a escolha do destino, os brasileiros apontaram a internet como fonte de informação, junto com o bom e velho boca a boca. O uso de dispositivos móveis nos mercados emergentes é duas vezes maior que nos países desenvolvidos. Na Índia, por exemplo, 24% dos viajantes realizam pesquisas em seus telefones, enquanto no Brasil 18% já utilizam seus aparelhos para este fim.
 
A pequisa mostrou ainda que o número de viajantes com este perfil discricionário ainda é pequeno no Brasil, representando apenas 13% do total de entrevistados. É uma fração do mercado, no entanto, que mantém um padrão alto de gastos com viagens. Uma família chega a dispor de US$ 5.049 para o turismo de lazer. Este índice fica atrás apenas dos estadunidenses, que gastam US$ 5.189.
(Juliana Bellegard)