PhelipeFarah_020513
Phelipe Farah
(foto: arquivo HN)

Relembrando, BI pode ser definido de várias maneiras, mas em sua essência, é um conjunto de processos, técnicas, metodologias e tecnologias que transformam dados em informação e informação em ação visando aumentar o valor agregado de qualquer negócio.

Até agora tratamos da definição de BI, do uso de processos criar a base do trabalho e dar foco a ele e de canais para determinar de onde buscaremos as informações para esse processo. Falamos ainda de técnicas tanto no tocante ao desdobramento de estratégias para táticas, quanto da parcela e papel que Revenue Management tem tido nos últimos seis anos, aproximadamente, no Brasil para responder algumas demandas do mercado hoteleiro.

No artigo anterior, entramos em uma questão um pouco mais técnica abordando um exemplo de metodologia utilizado em BI para a implantação da área de forma ampla. Este artigo se destina a tratar da parte de tecnologias de BI.

Dado o desenvolvimento histórico da área e sua expansão de atuação conforme vimos no artigo anterior, a área de BI ficou cada vez mais ligada e voltada a Tecnologia.

O avanço tecnológico permitiu a criação e uso de sistemas mais complexos e o uso de modelos matemáticos robustos para dar suporte à tomada de decisão levando em consideração possíveis impactos futuros ao negócio de decisões feitas no momento presente. Essa possibilidade de incrementar a previsão e a previsibilidade dos negócios reduz os riscos e aumenta os retornos.

Alguns dos principais usos de tecnologia em BI para os negócios com o propósito de adicionar valor são:

Mensuração: Ferramentas que criam hierarquias de métricas de performance (KPIs) e estudos da concorrência (Benchmarking) para informar os lideres dos negócios sobre o progresso em relação a metas previamente estabelecidas.

Análise: Ferramentas que constroem formas quantitativas para um negócio atingir seu ponto ótimo de decisões e para aumentar o conhecimento sobre o negócio. Frequentemente essas ferramentas envolvem: mineração de dados e processos, análises estatísticas, analise e modelos preditivos, processamento de eventos complexos e analise prescritiva.

Relatórios Empresariais: Programas que constroem infraestrutura para relatórios estratégicos que servem à gestão estratégica de um negócio ao invés de relatórios operacionais – produzidos por ferramentas de gestão operacional. Frequentemente essas ferramentas envolvem visualização de dados, sistemas de informação executiva e Processamento analítico online.

Plataforma de Colaboração: Ferramentas que envolvem diferentes áreas – por vezes da própria empresa e de fora da empresa – para trabalhar junto com informações compartilhadas e intercambio de dados por meio eletrônico

Gestão do Conhecimento: Esses são programas que auxiliam a empresa a identificar, criar, representar, distribuir e permitir a adoção e troca de insights e experiências que levem ao crescimento do conhecimento sobre o negócio. Ferramentas como essas buscam a troca de melhores práticas e Co-Creation (criação de inovações – neste caso no saber – em comunidade)

Existem ainda outras aplicações da tecnologia em BI que oferecem uma abordagem pró-ativa com a utilização de alertas ao usuário final sempre que algo sair dos parâmetros estabelecidos (tanto superando quanto abaixo dos limites mínimos).

Esses alertas podem ser demonstrados somente no ambiente da ferramenta – com troca de cores ou outra forma de chamar a atenção – ou podem ser enviados por e-mail, por exemplo. Esse tipo de processo, no entanto, requer governança dos dados e é sugerido que sejam gerenciados por um especialista na área.

Independente da utilização escolhida, a questão é que a tecnologia permite que BI ofereça, hoje, um olhar no futuro e a possibilidade de decisões assertivas e mais acertadas sobre o negócio, permitindo a criação de valor e a diferenciação no médio e longo prazo e ganhos superiores aos da concorrência no curto, médio e longo prazo.

Espero ter contribuído para a formação de uma visão mais abrangente sobre este tema, através da exposição de BI realizada nos últimos artigos. O assunto é muito complexo e para ser explorado em detalhes e requer uma visão mais próxima de cada negócio para que seja personalizada às necessidades de cada empresa.

Apertem o cinto e preparem-se. O futuro do nosso negócio esta mudando. Quem estiver preparado ou desejar se preparar precisa mergulhar em novas disciplinas para e trabalhar de forma esperta para obter ganhos superiores ao mercado; àqueles que se abraçarem ao passado só o que podemos desejar é… sorte.

Contato
[email protected]

*Atuando no mercado de hotelaria há mais de dez anos, Phelipe Farah, graduado pelo Senac e pós-graduado em Administração pelo Insper, já atuou em todos os setores comerciais. Algumas de suas passagens foram na área de marketing na Meliá, Vendas e Revenue Management na Hilton e na Direção Comercial do Hotel Unique São Paulo. Atualmente Phelipe lidera os esforços da F&F F&F Desenvolvimento Empresarial, em projetos ligados a área de vendas para o setor de serviços