Dois gigantes da hotelaria mundial, Hilton e Marriott, reforçaram recentemente os benefícios das reservas feitas por meio de canais diretos, principalmente aos membros dos seus programas de fidelidade. 

O movimento das hoteleiras em prol das reservas diretas se dá principalmente por conta de um estudo divulgado recentemente pela empresa Piper Jaffray, cuja conclusão aponta que os viajantes têm melhores chances de encontrar preços mais baixos em OTA´s e sites de busca do que nos próprios websites das companhias hoteleiras.

De acordo com o levantamento, os sites de viagens e OTA´s, a permanência de ofertas de quartos de hotéis a preços promocionais corresponde a 21% do tempo em que os viajantes costumam estar conectados e pesquisando. Nos sites dos hotéis, essa proporção é de 13%. 

"A reserva direta continua a ser a melhor maneira para os associados do nosso programa de fidelidade em economizar, garantindo a melhor taxa e os melhores benefícios e serviços em nossos hotéis", disse a Marriott em comunicado.

"Temos plena confiança de que os membros do Hilton Honors não só garantem a melhor tarifa por meio das reservas diretas como também a melhor experiência, mais personalizada, com características únicas como a escolha do quarto, check-in digital e obtenção da chave digital que garante acesso ao apartamento sem a necessidade de passar primeiro pela recepção", afirmou Chris Silcock, diretor comercial no Hilton.

A AH&LA (American Hotel & Lodging Association) também divulgou seu parecer sobre o estudo, chamando de "falho do início ao fim". "Continuamos preocupados com as práticas de Marketing enganosas praticadas por certas OTA´s que podem levar os hóspedes a falsas escolhas, falsos descontos e falsa sensação de eficiência e rapidez no processo da reserva", declarou Maryam Cope, vice-presidente da AH&LA.

Nos últimos dois anos, Marriott, Hilton, Hyatt e IHG têm promovido fortemente seus sites como fontes para as taxas mais baixas disponíveis. O estudo Piper Jaffray, se preciso, contradiz essas promoções. O levantamento, que no primeiro momento seria feito com base nas informações obtidas em 100 unidades das quatro companhias em 25 cidades-chave no mundo, acabou contando com informações de apenas 86 hotéis, já que algumas companhias não possuem empreendimentos em todos os destinos pesquisados.

* Crédito da imagem: Pixabay/RyanMcGuire